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O VERDADEIRO DESPERTAR ESPIRITUAL

índice:

Análise Esotérica dos 40 Dias de Jesus no Deserto e as Sombras Interiores 

* Jesus e Suas Sombras: O Cristo em Evolução

* Se Até Jesus Tinha Sombras, Por Que Você Ainda As Nega? 

* O Ego Espiritual: a Sombra Disfarçada de Luz 

* A Noite Escura da Alma: Quando a Luz se Apaga Para o Espírito Renascer

* O Caminho da Reforma Íntima 

* Reconhecer a Própria Escuridão: O Melhor Caminho Para Lidar com a Escuridão do Outro 

* Todo Mundo Tem Sombra: Se Você Está Encarnado, Ainda Tem o Que Curar

* Mediunidade e Sombra: Quando a Entidade Reflete o Estado do Médium  

 

Análise Esotérica dos 40 Dias de Jesus no Deserto e as Sombras Interiores 

O Simbolismo do Deserto 

No esoterismo, o deserto representa o vazio interno, o retiro da alma do mundo externo. Ele é o espaço onde o ego não pode mais se distrair com ilusões, prazeres ou vaidades. Ali, o indivíduo se depara com suas sombras mais profundas. 

Jung diria: o deserto é o "lugar da individuação", onde a pessoa abandona o coletivo para encontrar sua própria verdade enfrentando o que foi reprimido ou negado. 

Os 40 Dias Número Iniciático 

O número 40 é altamente simbólico: 

  • Representa um ciclo completo de purificação e transformação. 

  • Aparece em vários momentos iniciáticos (o dilúvio durou 40 dias, Moisés ficou 40 dias no Sinai, o povo hebreu vagou 40 anos no deserto). 

  • No corpo humano, 40 semanas é o tempo médio da gestação. No nível simbólico: renascer como um novo ser espiritual. 

Jesus vive essa gestação espiritual enfrentando três tentações, que são, na verdade, três aspectos da sombra do ego humano. 

 

As Três Tentações Reflexo das Sombras Humanas 

1ª Tentação: "Transforma estas pedras em pão" A Sombra da Sobrevivência e da Necessidade 

Símbolo esotérico: É a tentação da satisfação imediata dos instintos básicos, o medo da carência, da escassez. 

Na linguagem de Jung: é o complexo da sobrevivência, o medo inconsciente da morte e da falta, que nos aprisiona em impulsos infantis do ego. 

Sombra: ganância, vício, compulsão, ansiedade por controle. 

A lição de Jesus: “Nem só de pão vive o homem” Ou seja, não somos apenas corpo, mas espírito. A verdadeira nutrição é interna. O ego precisa aprender a confiar no Eu Superior. 

 

2ª Tentação: "Joga-te do alto do templo e os anjos te salvarão" A Sombra da Vaidade Espiritual 

Símbolo esotérico: É a tentação do ego espiritualizado, do orgulho disfarçado de fé. A necessidade de ser especial, protegido, invencível. 

Na linguagem de Jung: é a inflamação do ego espiritual, a sombra do "místico iludido", que acredita que já está além do sofrimento humano. 

Sombra: vaidade, arrogância, busca por validação, messianismo egóico. 

A lição de Jesus: “Não tentarás o Senhor teu Deus” Ou seja, não desafie a lei divina por capricho egóico. O verdadeiro espiritual não se exibe. 

 

3ª Tentação: "Tudo isso te darei se me adorares" A Sombra do Poder e do Controle 

Símbolo esotérico: Satanás oferece o poder sobre o mundo, representando o desejo de domínio, controle, fama, manipulação. 

Na linguagem de Jung: é a sombra do dominador, aquele que quer controlar o externo para não lidar com seu vazio interno. 

Sombra: desejo de controle, manipulação, sede de poder, medo da vulnerabilidade. 

A lição de Jesus: “Somente ao Senhor adorarás” Ou seja, o poder real está na entrega ao Eu Superior, e não na dominação externa. A luz só vence quando a sombra é reconhecida e redimida. 

 

Integração Esotérica: Os 40 Dias como Caminho de Autoconhecimento 

Jesus no deserto não foge das tentações ele as enfrenta em silêncio, sozinho, em jejum. Isso é um modelo arquetípico de iniciação espiritual profunda, onde: 

  • O ego encontra seus limites, 

  • A alma encara suas máscaras e vícios, 

  • A sombra é trazida à luz, 

  • E o verdadeiro Cristo interior pode nascer. 

Esse modelo é o mesmo que Jung propõe em sua teoria da individuação: a cura está em enfrentar a sombra com consciência, não em negá-la. 

 

"Jesus não venceu o demônio apenas com fé. Ele venceu com consciência." 

O Cristo no deserto é o símbolo de toda alma humana que decide enfrentar a si mesma, e não mais projetar o mal fora. Ele é o arquétipo do ser que vence o ego não o destruindo, mas iluminando-o. 

 

Jesus e Suas Sombras: O Cristo em Evolução 

“O verdadeiro iluminado não é aquele que nasceu pronto, mas aquele que enfrentou suas trevas e as venceu pela consciência.” 

Muitos imaginam Jesus como um ser divino, absolutamente perfeito desde o nascimento, imune a erros ou quedas. No entanto, sob a ótica da espiritualidade esotérica e da psicologia profunda, essa imagem está idealizada, dissociada do verdadeiro valor de sua jornada. 

 

 Jesus e a Lei da Reencarnação 

Na tradição esotérica como ensinam Ramatís, Eliphas Levi e também na Gnose Jesus foi um espírito altamente evoluído, sim, mas que ainda estava sujeito às leis da evolução espiritual. 

Ele teve encarnações anteriores onde viveu experiências humanas diversas, inclusive caindo em tentações, praticando magia, guerreando, e colhendo as consequências dessas escolhas.

 

Assim como Buda passou por centenas de existências até alcançar a iluminação, Jesus também trilhou um caminho longo de aprendizado. 

A perfeição não nasce pronta ela é conquistada. E só é real quando nasce da experiência profunda da dualidade. 

 

A Sombra de Jesus: O Karma Lapidado 

Durante os 40 dias no deserto, Jesus não enfrentava apenas “um demônio externo” ou uma entidade chamada Satanás. Ele encarava suas próprias sombras de vidas passadas, seus desejos residuais, memórias kármicas e fragmentos do ego ainda presentes em sua psique espiritual. 

Na linguagem junguiana, ele estava em um processo de individuação espiritual final, onde tudo o que ainda restava de sombra precisava ser transmutado pela consciência crística. 

"A tentação não existe se já não houver o desejo."

 

A verdadeira batalha de Jesus no deserto foi interna: um embate entre o Eu Superior (Cristo) e o Eu Inferior (Ego ancestral). 

 

Jesus não fugiu da sombra ele a integrou

 

Essa é a maior diferença entre um “santo idealizado” e um verdadeiro mestre espiritual: o mestre enfrenta o abismo dentro de si. Jesus não se proclamava perfeito. Ele chorou, sentiu medo, raiva, cansaço. Ele demonstrava humanidade. 

  • Quando amaldiçoa a figueira (Mc 11:12-14), revela impaciência. 

  • Quando se revolta contra os vendilhões do templo (Jo 2:13-17), expressa uma indignação fervorosa. 

  • Quando clama no Getsêmani “Pai, afasta de mim esse cálice...”, mostra seu conflito interior. 

Esses momentos não são falhas são evidências de um espírito em plena transição final para a luz plena, enfrentando os últimos véus da ilusão e do medo. 

 

A Criação do Cristo Interno 

Jesus, ao longo da sua encarnação, não estava apenas ensinando. Ele estava se curando. Cada cura que realizava, cada perdão que oferecia, cada passo no amor incondicional era também um ato de regeneração de si mesmo, uma alquimia espiritual profunda. 

O "Cristo" não era um nome, era um estado de consciência que ele foi alcançando ao longo da vida. A cruz foi o ápice da transcendência da sombra, o momento em que ele entrega totalmente o ego e renasce como luz. 

 

O Ego Espiritual e o Ponto de Risco 

A alma em processo de iluminação pode cair no maior de todos os perigos: o ego espiritualizado. 

Se Jesus tivesse sucumbido às tentações no deserto especialmente a de ser adorado, possuir poder e controlar as massas ele teria se tornado um falso messias, um líder dominador, um mago negro travestido de luz. 

Essa é a sombra mais sutil: a ilusão de que se é um canal divino, quando ainda se é um prisioneiro do ego.

 

“O diabo não se apresenta com chifres, mas como uma ideia grandiosa sobre si mesmo.” 

 

Jesus é o maior exemplo de um espírito que se tornou Cristo, não por ser isento da sombra, mas por olhar para ela com coragem, compaixão e lucidez. 

A sua jornada não é a de um deus intocável. É a jornada do humano em direção ao divino, com todas as suas quedas, conflitos, dúvidas e, finalmente, a vitória do eu luminoso sobre o eu fragmentado. 

Se Até Jesus Tinha Sombras, Por Que Você Ainda As Nega? 

 

“Se até o Cristo teve de enfrentar o deserto da própria alma, quem é você para fugir da sua noite escura?” 

 

 A maioria das pessoas que iniciam sua jornada espiritual o faz buscando luz, paz, elevação, transcendência. Mas poucos estão dispostos a olhar para onde realmente começa a transformação: dentro da própria sombra. 

 

Negar a sombra é negar a si mesmo 

 

Vivemos num mundo onde espiritualidade virou produto. Fala-se muito em “ser luz”, “ser grato”, “vibrar no amor”, mas pouco se fala de: 

 

* Inveja, 

* Orgulho disfarçado de humildade, 

* Culpa reprimida, 

* Traumas enfeitados de autoajuda. 

 

 Nessa falsa espiritualidade, a sombra é evitada. É tratada como algo “negativo” que precisa ser expurgado, “limpo”. Porém, negar a sombra é permanecer prisioneiro dela. 

 

 O que não é acolhido, volta como dor. O que é ignorado, ganha poder no inconsciente. 

 

 

Você se vê? Ou só vê aquilo que quer? 

 

O ego espiritual muitas vezes cria uma máscara de “ser evoluído”, mas por trás esconde: 

 

* Controle disfarçado de “cuidado”; 

 

* Superioridade disfarçada de “compaixão”; 

 

* Medo disfarçado de “disciplina”; 

 

* Fuga disfarçada de “fé”. 

 

 Se Jesus, um espírito crístico, não negou suas sombras, por que você insiste em se idealizar? 

 

Você não é luz. 

Você não é trevas. 

Você é a consciência que olha ambas. 

 

 

O abismo que você evita é o portal da cura 

 

Ramatís dizia: 

 

 “A sombra não é o inimigo, mas o espelho que revela onde você ainda não é luz.” 

 

 Os demônios que você tenta afastar com rezas ou mantras não estão do lado de fora eles habitam seu inconsciente. São pedaços de você mesmo, machucados, esquecidos, excluídos, e que pedem acolhimento, não exorcismo. 

 

A obsessão que você chama de “encosto”, muitas vezes é a parte da sua alma que você rejeita há vidas. 

 

O verdadeiro exorcismo é feito com consciência, não com grito. 

O verdadeiro ritual é o de se olhar com verdade. 

 

 

Carl Jung e a Sombra: o Início da Verdadeira Jornada 

 

Carl Jung afirmou: 

  “A iluminação não é imaginar figuras de luz, mas tornar consciente a escuridão.” 

 

 A sombra é tudo aquilo que você não quer ver em si mesmo: 

 

* Os desejos que nega. 

 

* Os sentimentos que reprime. 

 

* As atitudes que justifica. 

 

* As memórias que recalca. 

 

 Integrar a sombra não é se tornar perfeito. É parar de mentir para si mesmo. 

 

 

Integrar, e não combater 

 

Na jornada espiritual verdadeira, não se trata de “matar o ego”, mas de: 

 

* Educar o ego, 

 

* Reconhecer seus mecanismos, 

 

* Dar nome aos impulsos inconscientes, 

 

*E trazer tudo isso à luz da consciência, como Jesus fez. 

 

 

 Jesus não matou sua sombra no deserto. 

Ele a olhou, a ouviu, e escolheu não ser dominado por ela. 

 

Isso é integrar. Isso é dominar sem reprimir. 

 

 

 “Se até Jesus não era perfeito, então talvez o seu caminho não seja tentar parecer iluminado, mas se tornar radicalmente verdadeiro consigo mesmo.” 

 

Esse é o caminho da cura real. Não há evolução sem verdade. Não há verdade sem sombra. Não há sombra que resista à consciência. 

 

 

O Ego Espiritual: a Sombra Disfarçada de Luz 

“Quanto mais o ego se veste de luz, mais difícil é percebê-lo.” 
 

Na escalada do autoconhecimento, há um ponto onde o ego não mais se opõe à espiritualidade ele a usa como máscara. 

É o momento mais perigoso da jornada: o ego espiritualizado, o falso “eu superior” que não quer se curar, mas se exibir como se já estivesse curado. 

 

 O Que É o Ego Espiritual? 

O ego espiritual é um personagem que se constrói dentro da própria espiritualidade, com frases bonitas, postura zen, roupa branca, conhecimento de chakras e deuses... mas que ainda: 

  • compete, 

  • julga, 

  • se sente superior, 

  • busca aplausos e autoridade, 

  • e nega profundamente suas próprias dores e traumas. 

Ele não quer ser curado. Ele quer ser reconhecido como curador. 

 

Sinais do Ego Espiritual 

Aqui estão sintomas comuns do ego espiritualizado: 

  • Síndrome do guru: Achar que já sabe tudo, que não tem mais nada a aprender com ninguém. 

  • Bondade artificial: Ser “bonzinho” demais, suprimindo a raiva e o desejo, como se isso fosse virtude. 

  • Julgamento sutil: Achar que quem ainda “sofre” ou está “vibrando baixo” é inferior. 

  • Espiritualidade silenciosa demais: Não expressar dor, medo ou dúvida para parecer sempre "em paz". 

  • Recusa à ajuda: Achar que já se curou de tudo e não precisa de terapia, estudos ou autocrítica. 

 

O ego espiritual não é burro. Ele é sofisticado. 
Ele lê livros, cita mestres, estuda chakras, mas não olha para si de verdade. 

 

Como Ele Se Forma? 

O ego espiritual nasce geralmente de uma tentativa inconsciente de fugir da dor, da vergonha, da culpa e da baixa autoestima. 
Então, o indivíduo busca na espiritualidade um disfarce para não sentir mais. 

  • Quem se sentia fraco, se torna “forte”. 

  • Quem era excluído, se torna “mestre”. 

  • Quem foi ferido, se torna “guru”. 

A espiritualidade vira um palco onde o ego atua para não precisar mais mostrar sua vulnerabilidade. 

“Ser luz” vira um papel. Não uma verdade. 

 

Ramatís e o Perigo da Luz Mal Direcionada 

Ramatís adverte que o verdadeiro perigo não é o erro explícito, mas o acerto aparente. O médium que diz canalizar um guia, mas no fundo está em transe com o próprio ego acaba escravizando-se em vaidade astral. 

Muitos médiuns acham que estão com o guia mas é a sua persona espiritual que está incorporada. 

Ele ainda ensina que a vaidade é o último véu a cair no caminho do espírito. E que muitas entidades de baixa vibração se disfarçam de mestres, caboclos ou mentores, para alimentar a ilusão de poder do médium vaidoso. 

 

A Armadilha Invisível da “Luz” 

"O diabo se disfarça de anjo de luz." Paulo (2 Coríntios 11:14) 

Essa frase é profunda espiritualmente e psicologicamente. Jung chamaria isso de inflacionamento do ego quando a pessoa se identifica tanto com o Self (Eu Superior), que perde o pé no chão. 

A pessoa "vibra alto", mas pisa nos outros. 
Fala de amor, mas não sabe perdoar. 
Fala de humildade, mas quer palco e aplauso. 

 

Como Transcender o Ego Espiritual? 

  • Volte para a dor. Vá onde dói. A dor mostra onde ainda há sombra a curar.  

  • Admita que você não sabe. Sempre há mais. O mestre de verdade aprende com tudo.  

  • Aceite sua humanidade. Sentir raiva, medo e dúvida é parte do caminho não um erro. 

  • Desconfie de sua “evolução”. Quando você acha que chegou, é onde o ego se esconde. 

  • Seja honesto consigo mesmo. A espiritualidade não é um personagem é verdade interna. 

Iluminar-se não é se tornar especial. É se tornar inteiro. 

 

"O ego não morre. Ele se transforma em servidor da alma, quando deixa de fingir que é Deus." 

A luz verdadeira nasce da sombra encarada. O espírito desperto não é aquele que parece santo, mas aquele que sabe o quanto ainda é humano e, mesmo assim, segue caminhando com humildade, coragem e verdade. 

  

Com muita honra. Vamos seguir com um dos temas mais profundos, dolorosos e ao mesmo tempo transformadores da jornada espiritual: a Noite Escura da Alma. 

Este capítulo será escrito com um tom mais contemplativo e visceral, como um convite à alma do leitor para atravessar sua própria escuridão com consciência, coragem e humildade. 

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A Noite Escura da Alma: Quando a Luz se Apaga Para o Espírito Renascer

 

"A alma precisa se perder para se encontrar. Precisa morrer para poder nascer." 

Há um momento inevitável na jornada do despertar em que nenhuma oração parece funcionar, nenhum guia responde, nenhum ritual alivia, nenhuma fé consola. 

Esse momento é conhecido, desde os antigos místicos, como a Noite Escura da Alma. 

Não é depressão. 
Não é castigo. 
Não é karma. 

É um processo iniciático profundo, onde a alma é despida de tudo aquilo que acreditava ser para que possa, finalmente, tornar-se o que é. 

 

O Que É a Noite Escura da Alma? 

A Noite Escura da Alma é o colapso de tudo aquilo que era ilusoriamente sustentado pelo ego. 
É quando as respostas não vêm. 
As certezas desmoronam. 
As máscaras caem. 
As crenças falham. 

É o deserto da alma. 
A cruz de Jesus. 
O isolamento de Moisés. 
A caverna de Elias. 
O silêncio de Buda sob a figueira. 

Jung chamaria esse momento de confronto direto com o inconsciente um mergulho radical nas camadas mais profundas do ser. 

 

Como a Noite Chega 

 

Ela pode vir de forma súbita ou sutil: 

  • A perda de um ente querido. 

  • Uma doença que abala as estruturas. 

  • Um relacionamento que termina. 

  • Uma mediunidade que desorganiza. 

  • Uma crise existencial sem nome. 

 

Nada mais funciona como antes. 
O chão desaparece. 
A alma sente que está morrendo. 

Mas não é uma morte física. 
É uma morte simbólica. 
A morte do ego velho, das ilusões, do personagem espiritual que você criou. 

 

O Silêncio de Deus ou o Grito do Eu Superior? 

Durante a Noite Escura da Alma, é comum dizer: 

“Deus me abandonou.” 
“Não sinto mais meus guias.” 
“Minha fé acabou.” 
“Não consigo orar.” 

Mas, espiritualmente, esse silêncio não é ausência. 
É presença densa e transformadora. 

O Eu Superior está te forçando a abandonar as muletas para que você descubra a força que já habita dentro de você. 

É no escuro que os olhos da alma se abrem. 

 

Alquimia da Alma: A Destruição Como Cura 

Na Noite Escura, tudo que é falso em você morre. 

  • O ego espiritualizado. 

  • O orgulho disfarçado de humildade. 

  • As certezas que vieram de livros, mas não da vivência. 

  • As crenças herdadas e nunca questionadas. 

  • A dependência emocional de guias, médiuns, mestres ou religiões. 

Você se sente vazio. Mas o vazio é fértil. 
É nele que Deus planta o novo ser que você precisa se tornar. 

A luz não nasce da luz. 
A luz nasce da escuridão vencida. 

 

O Processo Não É Castigo É Iniciação

 

A Noite Escura da Alma é um rito de passagem cósmico. É quando o universo diz: 

“Agora chega de fingir. É hora de SER.” 

Muitos querem luz, mas poucos aceitam morrer para a luz nascer de verdade. 

É por isso que: 

  • Muitos médiuns se perdem. 

  • Muitos espiritualistas travam. 

  • Muitos buscadores abandonam o caminho. 

Eles confundem a Noite Escura com fracasso mas ela é a prova máxima de que o espírito está prestes a renascer. 

 

O Que Nasce Após a Noite? 

Se você atravessar com coragem, sem fugir, sem buscar atalhos… algo sublime acontece: 

  • Você descobre sua verdadeira fé, que não depende de religião. 

  • Você reencontra seu guia interior, que não precisa de nomes ou velas. 

  • Você se torna livre de papéis, e finalmente sente o que é estar em paz com a sua própria verdade. 

A noite não é o fim. É o ventre do novo ser. 

 

 "A alma só se ilumina quando aceita morrer para tudo que acreditava ser." 

Se você está na noite escura, não desista. 
Ela está te lapidando. 
Ela está te quebrando para te refazer. 
Ela está te mostrando quem você nunca deixou de ser. 

Jesus chorou no Getsêmani.

Elias pediu a morte.

Teresa de Ávila gritou com Deus. 
Você pode chorar, gritar, duvidar mas continue. 

O sol sempre nasce depois da noite. 
E você, depois dela, nunca mais será o mesmo. 

 

 

 

O Despertar Espiritual: Quando a Alma Lembra de Si Mesma 

“O despertar não é descobrir algo novo. 
É lembrar quem você era antes de ser ensinado a esquecer.” 

Depois que a alma atravessa sua noite escura, a luz não vem de fora. 
Ela nasce de dentro, silenciosa, serena, firme. 
O que antes era fé de palavras, vira fé de vivência. 
O que antes era busca, vira presença. 

O despertar espiritual não é um estado de perfeição é um estado de lucidez. 

 

O Despertar Não É Um Milagre. É Uma Morte Bem Feita

 

Muitos acham que despertar é: 

  • ter visões, 

  • abrir chakras, 

  • ouvir vozes, 

  • flutuar em meditação. 

Mas despertar é, na maioria das vezes: 

  • silenciar o barulho do ego, 

  • perceber os próprios padrões com dor e clareza, 

  • aceitar a realidade como ela é, 

  • e abrir mão de controlar tudo. 

Você não desperta para ver o céu. 
Você desperta para ver a si mesmo inteiro, sem véus. 

 

O Que Morre Antes do Despertar? 

  • O personagem que você criou para agradar os outros. 

  • O papel espiritual que você representava para se sentir importante. 

  • A dependência de ser aprovado ou seguido. 

  • A ilusão de que a vida vai “dar certo” se você for bom. 

 

Você para de querer um "destino mágico" e começa a viver o agora com verdade. 

O espírito desperto não precisa de palco. 
Ele está em paz mesmo no silêncio. 

 

Sinais de que o Despertar Aconteceu 

  • Você não sente mais a necessidade de convencer ninguém. 

  • Você percebe o sagrado em coisas simples. 

  • Você para de lutar contra a dor e a transforma em aprendizado. 

  • Você sente que carrega uma centelha divina mesmo em dias difíceis. 

  • Você vive a espiritualidade com humildade, sem espetáculo. 

 

O despertar é o começo de um outro tipo de vida: 


Menos dramática, mais presente. 
Menos barulhenta, mais essencial. 
Menos cheia de "certezas", mais carregada de consciência. 

 

Despertar Real 

Ramatís ensina que despertar não é se tornar anjo, mas se tornar consciente das suas imperfeições com lucidez e equilíbrio. 
O espírito desperto ainda sente raiva, ainda tem ego, ainda erra mas sabe disso, se observa, se transforma. 

“Despertar é acordar dentro do próprio sonho, e começar a mudá-lo de dentro pra fora.” 

Segundo ele, o despertar verdadeiro não isola o ser ele aproxima da humanidade. 
Você para de querer “ascender” e passa a servir com amor e sabedoria. 

 

O Despertar é Simples, Mas Profundo 

Ele acontece quando: 

  • Você para de fugir de si. 

  • Você aceita sua sombra como mestra. 

  • Você olha a dor como portal. 

  • Você percebe que não precisa de um caminho “especial” você já está nele. 

Despertar é lembrar quem você é atrás dos papéis, dos traumas, das encenações e das ilusões. 

 

E Depois do Despertar?

 

Muitos pensam que, depois de despertar, tudo fica leve e perfeito. Não. 
Na verdade, a vida continua com desafios mas agora, você responde diferente.

 

  • A raiva não te comanda, mas te ensina. 

  • O medo não te paralisa, mas te orienta. 

  • A tristeza não te afunda, mas te aprofunda. 

  • O silêncio se torna sagrado. 

  • O simples se torna divino. 

 

O despertar é quando o espiritual deixa de ser teoria e se torna presença em tudo que você faz, diz, pensa e vibra. 

 

 “O despertar não te eleva acima dos outros. 
Ele te faz perceber que você é igual a todos 
e por isso mesmo, responsável por se tornar melhor a cada passo.” 

Despertar é humildade. 
Despertar é lucidez. 
Despertar é amor real aquele que começa dentro de si, e se espalha pelo olhar, pela palavra e pela vibração. 

O Caminho da Reforma Íntima 

 

“Conhecer a sombra é o início. 

Transformá-la com consciência é o caminho. 

Vigilância, esforço e amor essa é a verdadeira reforma íntima.” 

 

 

Enfrentar as sombras não é um ato mágico, não acontece num passe de mágica ou num ritual milagroso. 

É uma prática diária de autoconhecimento, vigilância emocional, humildade espiritual e ação consciente. 

 

É o caminho da Reforma Íntima e não há despertar verdadeiro sem ele. 

 

 

 O Que É Reforma Íntima? 

 

Reforma íntima é o processo de: 

 

* Observar a si mesmo com honestidade. 

 

* Identificar seus padrões mentais, emocionais e espirituais. 

 

* Reconhecer as sombras sem culpa ou negação. 

 

* Trabalhar para transformar o que é denso em sabedoria vivida. 

 

 É a alquimia interior: 

O chumbo da ignorância virando o ouro da consciência. 

 

 

 O Enfrentamento da Sombra Começa com Auto-observação 

 

Você não pode transformar o que não percebe. 

 Por isso, o primeiro passo da reforma íntima é vigiar seus pensamentos, impulsos, reações e intenções com honestidade, sem julgamento. 

 

Pergunte-se diariamente: 

 

O que eu senti hoje e por quê? 

 

O que me tirou do centro? 

 

A quem estou tentando agradar ou manipular? 

 

Qual dor ou medo essa atitude está escondendo? 

 

 O autoconhecimento é a luz que revela as frestas onde a sombra se esconde. 

 

 

Coragem: Olhar para o que Dói 

 

A sombra só se dissolve quando é acolhida. 

Você precisa parar de fugir da sua raiva, inveja, carência, ciúme, orgulho, prepotência. 

 

Todos esses sentimentos são chamados à cura. 

Eles mostram onde o seu ego ainda comanda. 

Mas não para que você se culpe e sim para que você cresça. 

 

Reforma íntima é aceitar que você é humano, 

Mas comprometer-se a se tornar cada vez mais alma. 

 

 

 Ferramentas da Reforma Íntima 

 

Essas práticas te ajudam a enfrentar a sombra com consciência: 

 

* Meditação: silenciar o mundo para ouvir a alma. 

 

* Diário emocional: escrever o que sente ajuda a identificar padrões. 

 

* Evangelho no Lar / leitura consciente: eleva a vibração e alinha o pensamento. 

 

* Terapia / autoconhecimento: encarar traumas, crenças e distorções. 

 

* Serviço ao próximo: sair do ego, servir à luz. 

 

* Autovigilância emocional: observar, sem reprimir, suas reações diárias. 

 

 

Não basta se conhecer. 

É preciso agir diferente, mesmo quando ainda sente o mesmo. 

 

 

 A Batalha Interior é Silenciosa e Constante 

 

Ninguém vê sua reforma íntima. 

Ela não tem likes, aplausos ou certificados. 

Ela acontece no silêncio da alma que escolhe a luz quando seria mais fácil repetir a sombra. 

 

É quando você perdoa mesmo com o orgulho ferido. 

 

É quando você se cala para não ferir. 

 

É quando você assume um erro e não se justifica. 

 

É quando você ora por quem te machuca. 

 

É quando você se retira em vez de revidar. 

 

 

Cada ato desse é um tijolo na construção do seu templo interior. 

 

 

 Reforma Íntima Não É Virar Santo É Ser Verdadeiro 

 

Você não está aqui para fingir evolução. 

Está aqui para viver sua humanidade com consciência, errando e acertando, caindo e levantando, mas sempre com disposição para mudar. 

 

A luz não é perfeita. 

A luz é verdadeira. 

E a verdade liberta. 

 

 “Enfrentar as sombras não é vencê-las com força. 

É iluminá-las com consciência e torná-las parte da sua sabedoria.” 

 

 

A reforma íntima é o verdadeiro caminho da espiritualidade. 

Ela não é rápida, não é bonita, e às vezes, é solitária. 

Mas ela liberta, cura, transforma e eleva. 

 

A cada escolha lúcida, a cada renúncia de orgulho, a cada ato silencioso de humildade você reforma o mundo, reformando a si mesmo. 

 

Reconhecer a Própria Escuridão: O Melhor Caminho Para Lidar com a Escuridão do Outro 

 

“Quem não reconhece a própria sombra, fará guerra com a sombra do outro.” 

 

É muito fácil falar de luz quando se está sozinho. 

Mas é nos relacionamentos, nos atritos, nas diferenças e nos conflitos que somos realmente testados como seres conscientes. 

 

E a grande verdade é: 

Se você não enfrentou suas trevas, vai reagir com violência, julgamento ou fuga diante das trevas alheias. 

 

Ninguém está livre da própria sombra 

 

Todo mundo tem algo mal resolvido. 

Todo mundo tem medo, carência, orgulho, vaidade, traumas, desejos ocultos. 

 

Mas a diferença entre um ser inconsciente e um ser em despertar é: 

* O inconsciente nega a própria escuridão e projeta no outro; 

* O desperto reconhece suas sombras e por isso não precisa atacar o próximo. 

O autoconhecimento gera empatia. 

A empatia gera compaixão. 

E a compaixão cura os dois. 

 

 

Quanto mais sombra negada, mais crítica projetada 

 

A pessoa que mais julga os outros é, muitas vezes, a que menos suporta se enxergar de verdade. 

Ela precisa atacar, corrigir, ensinar ou se afastar, porque não aguenta sentir aquilo que está tentando esconder de si mesma. 

Quando você reconhece suas falhas, aceita suas dores, e trabalha nelas com honestidade, algo muda: 

 

Você deixa de querer “mudar o outro”; 

 

Você começa a escutar mais; 

 

Você age com mais paciência e presença, e menos com reatividade. 

 

 

“Eu entendo sua raiva, porque também tenho raiva.” 

“Eu vejo sua carência, porque já fui carente.” 

“Eu acolho sua dor, porque também já sangrei por dentro.” 

 

Essa postura cura relacionamentos, cura famílias, cura médiuns, cura líderes espirituais. 

Reconhecer a escuridão é assumir o controle da própria energia 

 

Quando você sabe que tem: 

 

* Um orgulho que às vezes explode, 

* Um medo que às vezes paralisa, 

* Uma vaidade que às vezes sabota, 

 

 

…você começa a perceber quando essas forças querem comandar suas atitudes. 

 

E pode, então, escolher conscientemente não agir pela sombra. 

Quem reconhece sua sombra, não é escravo dela. 

Ao contrário, torna-se líder de si mesmo, e pode se tornar um porto seguro para os outros. 

 

 

No terreiro, no templo, na vida: a sombra do outro te testa 

 

Quantas vezes você já disse: 

 

“Fulano me tira do sério.” 

 

“Ciclano tem uma energia pesada.” 

 

“Eu saí daquele lugar porque era muito tóxico.” 

 

 

Mas a pergunta verdadeira é: 

 

“O que em mim ainda reage tanto à dor do outro?” 

 

Sim, há lugares e pessoas que vibram pesado. 

Mas o conflito real começa quando aquilo ativa algo mal resolvido em você. 

 

Se você está em paz consigo, consegue olhar o outro com discernimento e compaixão, e não com julgamento ou fuga. 

 

 

Praticando o acolhimento consciente da sombra 

 

* Observe suas reações com os outros. 

A raiva, a impaciência e o julgamento são pistas da sua sombra. 

 

 

* Respire e não reaja no automático. 

Traga consciência antes de agir. Dê nome ao que sente. 

 

* Lembre-se: o outro também tem uma história. 

Sua sombra é o resultado de dores, assim como a sua. 

 

 

* Use o desconforto como espelho. 

Pergunte: “O que em mim está sendo tocado por isso?” 

 

 

* Aja com verdade, mas sem ataque. 

Você pode impor limites sem violência. Pode dizer “não” com amor. 

 

Ser espiritual é ser lúcido não passivo. 

É agir com alma, mesmo quando a sombra do outro grita. 

 

 

“Reconhecer a própria escuridão é o início da verdadeira compaixão.” 

 

Somente quando você vê sua sombra com humildade, pode caminhar ao lado da sombra do outro sem ser engolido por ela. 

 

Esse é o caminho do espírito consciente: 

Aquele que não nega suas trevas, 

Mas que escolhe a luz a cada gesto, com verdade, coragem e humanidade. 

 

 

Todo Mundo Tem Sombra: Se Você Está Encarnado, Ainda Tem o Que Curar 

 

“Se você ainda encarna, é porque ainda tem sombras a iluminar. E se tem sombras, precisa de humildade para enfrentá-las.” 

 

Existe uma ilusão comum no meio espiritual: a de que, ao estudar, orar, trabalhar com entidades, incorporar ou vibrar “na luz”, a pessoa já estaria “evoluída”. 

Mas a realidade é mais simples e mais honesta: 

 

Se você está aqui, ainda não está pronto. 

Você ainda tem orgulho, vaidade, medo, dor, raiva, ciúme, apego, sombra. 

 

E isso não é errado. 

Isso é humano. 

E é exatamente por isso que estamos aqui: para aprender, limpar, crescer, equilibrar e integrar. 

 

 

Não Existe Ser Humano Sem Sombra 

 

A sombra não é um “erro” espiritual. 

Ela é parte da natureza da consciência encarnada. 

Ela mostra onde ainda há ignorância, onde a alma ainda precisa amadurecer. 

 

Até mesmo espíritos mais elevados, quando encarnam, estão sujeitos a influências densas: 

 

Emoções intensas, 

 

Padrões mentais coletivos, 

 

Dores inconscientes de outras vidas, 

 

Dificuldades em manter a vibração elevada em meio ao caos da Terra. 

 

A sombra é o que ainda não foi educado na alma. 

E a encarnação é a escola onde isso pode ser feito. 

 

 

Quem nega a sombra, veste uma máscara espiritual 

 

Negar a sombra e fingir ser “100% luz” é o caminho direto para: 

 

O orgulho espiritual, 

 

A repressão emocional, 

 

A culpa oculta, 

 

O ego que se traveste de guia. 

 

 

Você não está aqui para ser perfeito. 

Você está aqui para ser verdadeiro. 

 

O espírito desperto não é o que parece iluminado. 

É o que tem coragem de olhar para dentro sem fingimento. 

 

 

 

A Sombra Não É Inimiga É Professora 

 

* A raiva mostra onde há dor reprimida. 

* O ciúme mostra onde há insegurança ou medo de abandono. 

* O orgulho mostra onde o ego ainda busca controle e validação. 

* A vaidade mostra onde há carência de amor-próprio. 

 

 

Se você ouve a sombra com consciência, ela vira sabedoria. 

Se você luta contra ela com culpa, ela vira doença. 

 

 

Aceitar a Sombra É o Primeiro Passo Para a Cura 

 

Enquanto você diz: 

 

“Eu não sinto inveja”, 

“Eu nunca julgo ninguém”, 

“Eu sou só luz, não tenho raiva de ninguém…” 

 

… você está se afastando da sua cura. 

 

Mas quando você diz: 

 

“Sim, eu ainda sinto isso e estou disposto a trabalhar isso em mim”

Você entra no verdadeiro caminho da luz. 

 

 

Encarnar é um privilégio evolutivo 

 

Você não está aqui por castigo. 

Você está aqui porque ainda há lições a viver, dores a curar, virtudes a desenvolver. 

 

Se você sente raiva → trabalhe o perdão e o autoconhecimento. 

 

Se sente orgulho → exercite a humildade ativa, não passiva. 

 

Se sente inveja → descubra seus talentos e sua missão. 

 

Se sente medo → aproxime-se da fé construída pela experiência e ação. 

 

Você não está aqui para fingir não ter sombra. 

Está aqui para aprender a transformá-la em consciência. 

 

“A sombra é a matéria-prima da evolução. 

O ego é a fornalha. 

E a consciência desperta é o alquimista que transforma tudo em luz.” 

 

Então lembre-se: 

Se você ainda sente… 

Se você ainda chora… 

Se você ainda erra… 

É porque ainda está encarnado. 

E se ainda está encarnado, tem algo a integrar. 

 

Aceite com humildade. 

Trabalhe com verdade. 

E caminhe com coragem. 

 

Mediunidade e Sombra: Quando a Entidade Reflete o Estado do Médium 

 

“Não é apenas o guia que se manifesta através do médium. 

É também o próprio médium, com suas crenças, traumas, desejos e sombras, que molda o canal de comunicação espiritual.” 

 

 A mediunidade é uma ponte. 

Mas uma ponte não é neutra. Ela tem cor, textura, forma, história, energia e vibração. 

 

Assim como a luz, ao atravessar um vitral, toma as cores daquele vidro, a vibração dos espíritos também é filtrada e moldada pelo campo do médium. 

 

E aí surge uma verdade profunda: 

 

A sombra do médium interfere na manifestação do guia. 

Mas também pode ser curada por essa manifestação. 

 

 

O Guia É Real Mas Passa Por Você 

 

O espírito que atua com você é real. Ele existe. 

Mas ele não incorpora diretamente no seu corpo como se você fosse um boneco. 

 

Ele vibra em sua psicosfera, e você entra em sintonia com essa frequência. 

Então: 

 

* Suas palavras saem pela sua boca, 

* Suas intenções passam pelos seus filtros mentais, 

* Suas ideias fluem através da sua bagagem emocional. 

 

 

Se você está em desequilíbrio, essa energia será distorcida. 

Se você está em paz, essa energia será elevada com clareza. 

 

O médium nunca é um canal limpo por completo. 

Mas pode ser um canal consciente, vigilante e honesto. 

 

 

A Sombra do Médium: Como Ela Se Expressa nas Giras 

 

A sombra pode se manifestar de várias formas na mediunidade: 

 

* Orgulho espiritual: o médium acredita que é mais evoluído, que “sabe mais”, que seu guia é superior. 

 

* Vaidade disfarçada de caridade: quer ser admirado, elogiado, seguido. Busca palco. 

* Carência afetiva: busca atenção através da incorporação, dramatiza, força manifestações. 

* Raiva reprimida: pode “estourar” durante a gira, dizer palavras agressivas “em nome do guia”. 

* Medo e insegurança: faz com que o médium duvide do guia, filtre tudo com ansiedade, ou evite incorporar. 

 

 

Tudo isso afeta a vibração da comunicação espiritual. 

 

A entidade é elevada, mas passa por um canal humano. 

E o que esse canal tem dentro, aparece no trabalho espiritual. 

 

 

Mediunidade como Caminho de Autoconhecimento 

 

O grande segredo não é ser um canal perfeito. 

É ser um canal consciente. 

 

A mediunidade, quando vivida com verdade, expõe a sombra e exige reforma íntima. 

Ela mostra: 

 

* Onde você ainda precisa amadurecer, 

* Onde o ego ainda quer controlar, 

* Onde a dor precisa de cura, 

* Onde a personalidade quer aparecer mais que o espírito. 

 

 

E isso não é erro. É oportunidade. 

 

A mediunidade, quando bem compreendida, é um espelho e um laboratório. 

Um espelho da alma, e um laboratório de cura espiritual pessoal. 

 

 

Ramatís: A Entidade se Molda ao Campo Mental do Médium 

 

Segundo Ramatís, as entidades usam o magnetismo e o psiquismo do médium para se manifestarem. 

Ou seja, a vibração do guia precisa atravessar os padrões mentais, os desejos ocultos, as emoções não resolvidas e até o inconsciente do médium. 

 

Por isso, quanto mais sombra, mais distorção. 

 

Um caboclo pode sair com “jeito de coronel”, 

Um preto-velho pode ser exageradamente moralista, 

Um exu pode agir com arrogância tudo isso pode ser reflexo da mente do médium, e não do espírito. 

 

Mas ao invés de julgar, use essas distorções como oportunidade de autoconhecimento. 

Como Alinhar a Mediunidade Com a Luz e Não Com a Sombra 

 

* Trabalhe sua reforma íntima: sua mediunidade reflete seu estado de consciência. 

 

 

* Aceite sua humanidade: todos erram, todos sentem. O importante é assumir e aprender. 

 

 

* Ore antes e depois das giras com intenção verdadeira, pedindo clareza e humildade. 

 

 

* Anote suas percepções, sentimentos e falas após as incorporações. Reflita sobre o que realmente veio do guia e o que pode ter sido influência sua. 

 

 

* Procure orientação espiritual e psicológica paralelamente. O guia te ensina. A terapia te revela. Os dois se complementam. 

* Evite comparar sua mediunidade com a dos outros. Cada canal tem um tipo de filtro. O trabalho é interior, não competitivo. 

 

 “Ser médium não é sobre ter poder. 

É sobre ter coragem de servir, se transformar e se observar a cada passo.” 

 

 

A mediunidade revela a sombra para que ela possa ser integrada com consciência. 

E quanto mais o médium reconhece isso, mais sua luz se torna verdadeira, humana e curadora para si e para o mundo. 

(Wellington Santos - escrito através de pesquisas com IA)

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(Edward Bach )

Início do Novo Trabalho

 

Segundo Nora Weeks, estava se aproximando o momento da descoberta de seu verdadeiro propósito, o encontro das ervas curadoras.

 

1928 foi o ano do nascimento do novo trabalho. Todo o tempo que lhe sobrava, gastava em pesquisa de plantas e ervas, mas nada o satisfazia plenamente. Ponderava  consigo mesmo que os verdadeiros agentes de cura seriam descobertos entre as plantas da natureza, mas pensava também sobre as causas reais da doença.

    

Uma noite, em um restaurante, num jantar em que não se divertia, começou a observar os convidados, atentamente. A semelhança entre alguns deles eram tão próximas que poderiam pertencer à mesma família.

 

Tentou classificá-los nos 7 grupos bacterianos e depois ampliou para os doze tipos. Teve a inspiração durante seus estudos a respeito do tema, de que os indivíduos de cada grupo não sofreriam das mesmas doenças, mas reagiriam da mesma maneira, ou quase, a qualquer doença. 

 

Logo depois, o  impulso de ir a Gales e a descoberta de duas flores, Impatiens e Mimulus, mais tarde, ainda em 1928, descoberta de Clematis. Todas preparadas como as vacinas.

 

Começou a tratar seus pacientes com elas tendo muito sucesso. Sabia que estava para descobrir um sistema de cura totalmente novo, e decidiu abandonar tudo, impaciente por iniciar seriamente suas novas teorias.

 

No início de 1930, Bach deixa Londres, carregando umas poucas malas e algum dinheiro. Parte para o coração de Gales. Ao chegar descobriu que em lugar dos utensílios de laboratório, ele havia trazido uma mala de sapatos. Descobriu logo, que no laboratório da natureza, seus utensílios não seriam necessários, mas os sapatos, sim, nos muitos quilômetros caminhados durante toda a pesquisa.

 

Nesse ano, escreve o Cura-te a Ti Mesmo.

Em maio/julho de 1930, descoberta do Método Solar de preparação dos novos remédios. A partir da observação do orvalho coletado das flores, que aquecido pelo sol, absorvia as qualidades da planta sobre a qual repousava, começou a aperfeiçoar o novo processo.

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1930 a 1932 – Já utilizando o Método Solar, (vasilha de vidro ou cristal, água de fonte, flores silvestres e a luz do sol) descobre e prepara 12 essências, refazendo as 3 primeiras pelo Método Solar.  Chamou a essas essências de Os 12 Curadores nos 12 estados mentais predominantes:

 

1.Medo; 2. Terror; 3. Tortura mental ou preocupação; 4. Indecisão; 5. Indiferença ou ausência; 6. Dúvida ou falta de coragem; 7. Excesso de controle; 8. Fraqueza; 9. Autodesconfiança; 10. Impaciência; 11. Excesso de entusiasmo; Orgulho ou reserva.

 

1931 – Publica o Cura-te a Ti Mesmo e escreve o Liberte-se, que é publicado em 1932

1933 – Prepara os 4 Auxiliares, florais para estados mentais mais persistentes que os do primeiro grupo,  e publica os 12 Curadores e os 4 Auxiliares.

1934 – Prepara mais 3 essências, completando os 7 auxiliares. Duas delas são preparadas fora da Inglaterra. Vine, preparado na Suiça e Olive na Itália. Publica Os 12 Curadores e os 7 Auxiliares.

1935 – Muda-se para Sotwell, na Inglaterra, aluga uma casa chamada Mount Vernon e pesquisa os 19 últimos florais, todos preparados pelo Método da Fervura, à exceção do White Chestnut.


1936 – Em setembro publica a terceira edição revisada dos 12 Curadores e outros Remédios. Nesse mês completa 50 anos.  Muito enfraquecido, mas sem deixar de trabalhar, vem a falecer em 27 de novembro.

 

Ele formou uma equipe, tendo à frente, Nora Weeks  e Victor Bullen, que continuaram sua obra.  Segundo Nora  em As Descobertas Médicas do Dr. Edward Bach – publicado em 1940:  “Os  anos de sua vida foram curtos, mas,  durante esses cinqüenta anos, trabalhou sem cessar e com apenas um objetivo em vista: encontrar uma maneira pura e simples de curar os doentes. Então, tendo realizado tudo que era possível para ele fazer na Terra, alegremente renunciou a seu corpo físico para continuar seu trabalho em outra esfera, contente em saber que aqueles que tinham estado com ele esforçar-se-iam para difundir o conhecimento das ervas curadoras”.

1978 – Ano do falecimento de Nora Weeks encerrando 45 de absoluta devoção ao trabalho com as essências  florais. Três anos antes Victor Bullen já havia falecido.

 

Bach Centre – Nikie Murray, John Ramsell, Judy Howard . Laboratório Nelson’s

Julian Barnard e as Healingherbs.

 

1978 – Surgiram os  Florais da Califónia, pesquisados, inicialmente, por Richard Katz. Patrícia Kaminsky se encantou com o trabalho e juntou-se a ele e os dois criaram a FES, Flower Essence Society,  empresa de pesquisa e divulgação dos Florais da Califórnia, o segundo sistema floral.

 

A década de 80 viu o surgimento de muitos sistemas florais no mundo: Pacífico, de Sabina Pettitt; Alaska, de Steve Jonhson; Austrália, de Ian White; Deserto, de Cynthia Kemp Scherer; Holanda, de Bram Zaalberg e outros. No Brasil surgem os Florais de Minas, de Breno Marques da Silva e Ednamara Vasconcellos, primeiro sistema brasileiro, e depois os Florais Filhas de Gaia, de Maria Grillo. Na Argentina, as Flores de Raff, de Jorge Raff.

 

Hoje, são quase incontáveis os sistemas florais no mundo inteiro e o Brasil é um dos países onde a pesquisa é muito grande e a Terapia Floral cresce e é cada vez mais difundida.

 

Segundo Bach: “Essa não é a cura do “vocês não devem”, mas sim a do “sejam abençoados”

 

Esta aula “é dedicada a Nora Weeks e Victor Bullen, as colunas Jachin e Boaz do Templo da Cura que Edward Bach trouxe à vida. Juntos, esses dedicados discípulos, trabalharam para a realização da profecia do Dr.Bach: “Este método de tratamento é a medicina do futuro e se espalhará por todo o mundo”. 

¨Possa, este maravilhoso e espiritual sistema de cura descoberto por Edwad  Bach e que Nora Weeks, junto com Victor Bullen propagou, continuar a prosperar sob as bênçãos de Deus, até o dia em que a Árvore da Vida possa revelar suas folhas para a cura de todas as nações”.  (Phillip M. Chancellor – Illustrated Handbook of The Bach Flower Remedies)

Imagens: Google
Texto extraído do site: https://www.conaflor.com.br/historia-da-terapia-floral








 

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